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Certas mulheres

A libido torna-se palpável

A libido torna-se palpável
E toma forma.
E com seus novos trajes corporais
Se adorna

E sem demora diz:
“É aquela mulher
Com a qual meu desejo condiz!”

E assim pela volúpia acercada
Se vê em êxtase enredada
Tal qual adolescente no regaço da amante.

Em tal prisão se vê triunfante.
Em tal claustro se faz viandante

Pela imaginação luxuriosa
Que cria cenas seviciosas
Servindo à serpente à sarça enroscada ardente.

E tal qual esse réptil inconsequente
Queria fincar meus venenosos dentes
E roubar da vida,
E em meio à vida convalescente,
A carne dessa mulher que dos seios melonáceos possuidora
Jaz no rol das sedutoras
Capazes de fazer à outrem
As insinuações do êxtase e da dor.

Tão duro conquistar-lhe pela flor.
Tão difícil levá-la ao leito de amor

Quando das paragens vespertinas
É a inerência do desejo
Ou quando nossas propinas
São tão parcas que nos provocam o medo
De perder a oportunidade única
De roubar-lhe sequer um beijo.

2 respostas em “A libido torna-se palpável”

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