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Interlúdio Poesias Ruins {Po(v)e(r)t[r]y}

{Po(v)e(r)t[r]y} Vazios

Os vazios temores da alma…
Os vazios que minha mente sente…
Vazios preenchendo a calma,
De calma aparente.

Forçam a vida sem preenchimento
No mundo buscar forma.
E pensamentos loucos tomam as recordações
E o medo retorna.

Profundo obscuro.
Loucura caótica.
Caos sano.
Sana falsidade.
Falso sanar.

Delineando
Entrementes
As paredes
Dos viventes
Que separam
As dormentes…

…Dos trilhos da minha vida…

Sanidade calma.
Pretensa loucura.
Loucura sentimental.
Verdade impura.

Vazios tomando forma.
Formas se moldando aos espaços.
Vida sem anelo não se conforma
Com os eternos e ridículos cansaços.

Forma sem vida.
Corpo sem alma.
Pensamento sem intuito.
Vida amorfa!

Carecem os versos de poesia?
Carece o humilde de humildade?
Eu sou humano!
Humano sou, carecendo de humanidade!

Se meus versos parecem dispersos,
Se minha vida parece pó,
Lembre-se de mim pois,
Nas entrelinhas do destino, estou só.

Cantando,
Chorando
E rindo…

Aprendendo,
Gemendo
E sentindo…

Esquecendo,
Perdendo,
E, ainda assim,
Indo…

…Para o vazio mar
De tristeza sem par
Que busca um lar
Pra afogar o seu amar…

Amar vazio.
Vazio sentir.
Sentir louco.
Louco porvir.

Que se cruzem
No espaço.
Que se encontrem
No tempo.
Não encerrou-se a caminhada,
Ainda sopra o vento…

"Coração,
Canção,
Faca
E Bastão,
Aqui na escuridão…"

Mesclados pensamentos.
Pensamentos vazios.
Se o vazio carece de sentimento
Vazio sou aos ventos frios.