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Algum Ódio

Beleza é torpe

Beleza é torpe,
Porém prefiro cabelos encaracolados
Dos quais não se possa ficar por baixo.

Afinal, se lesmas e caracóis
Escorrem da tua cabeça
Tal qual medusa pós-moderna
Não serei eu a me alimentar de tais vermes,

Ainda prefiro serpentes
Que nos transformem em pedra,
Ou Circe,
Que nos transforme em porcos,

Do que masturbação intelectual
Sobre insegurança
Ou endinheiramento real
Em nome da tua passada pseudo-militância.

Verá que de vilanezas singelas
Arquitetaste tantas que serias incapaz de contar.
Arquitetaste colar de contas que ficas a ostentar.

É. Nesse teu jeito pueril
Manténs teu ardil.
Na tua incapacidade de transformação
É que és febril.

Vieste de uma época
Em que o respirar de amantes na cama
Era contabilizado
E o brincar de infantes na lama
Era vetado.

Mas agora que somos condenados a viver livres
Não nos venha falar sobre aquilo
Que já estamos cansados de saber
Enquanto a noite dormes tranquilo
Achando cumprido teu dever…

…Em noites de sonho verde-berilo
Embaladas ao som de MPB.

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Algum Ódio

O idiota

O idiota segue seu caminho ao precipício sem, tampouco, se importar.
Segue hipócrita como louco negando o hospício sem, no entanto, se alegrar.
Vai idólatra carregando o vício sem, sequer, imaginar.
Vai estúpido ao precipício e faça o favor de não desviar.

Pois gente como você quando cai leva mais cem.

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Algum Ódio

Maldição I

Minha alma,
Agora em frangalhos,
Jaz na funda sepultura
E do amor,
Frágil escultura,
Se enregela
E se quebra!

Na sua estraçalhada queda
Se converte em pó e vai,
Volvendo ao léu,
Buscar paragens no inferno,
Pois, do eterno,
Não contém mais em si o sabor!

E o ódio dita
As formas da fúria
Que nua e bela
Se ergue e apela
Para a nossa frieza!

Exige o cuidado da vingança
E sua esperança
É ver fenecer o inimigo
(Amor perdido
Que em ódio se transforma)!

E quando tal pensamento transtorna
Pede a animalidade
E condena a humanidade
Ao mais fundo jazido!

Quando consigo
Perpetrar a injúria derradeira
Rasgo as faces com as unhas
E deixo que as horrendas moedas que cunhas
Se transformem no próprio pagamento pela tua cabeça!

Pois antes que a vida novamente te ensoberbeça
Verei a ti prostrada aos meus pés
E réles verá a ânsia morrer no vácuo…

Maldita!

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Algum Ódio Poesias Ruins {Po(v)e(r)t[r]y} Teen Drama

{Po(v)e(r)t[r]y} Uma moeda e uma enciclopédia

Uma moeda para o tolo!
Uma forca para o sábio!
Uma enciclopédia para o bastardo!

Um doce lábio
Cortado em meio ao furioso brado
De se arquivileplanejar vinganças!

“Lay me down!
Pay me now!
Crash me now!
Put me on the ground!”

“Heeêy me down!
He-ê-ê-ê-y me down!”

“All over you!
   All over me!”

Maldita intelecção!
   Maldita dissecação!
     Rios de protoplasma!
       Ataques de asma!
         Ereções incontidas!
           Mulheres despidas
             Na imaginação!

Cruel, cruel brincadeira.
Infeliz, infeliz asneira
De pensar!

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Algum Ódio Poesias Ruins {Po(v)e(r)t[r]y}

{Po(v)e(r)t[r]y} Uma moeda e uma forca

Uma moeda?
Para o tolo!
Uma forca?
Para o sábio!
Teus dias ja foram melhores,
Meu caro otário!

Mas não há de ser nada
Pois nesta maravilhosa escada
Colocaram no alto os que pensam e matam
E embaixo os que vivem e não lacram

Seu coração!

E nesse orgasmo masturbogenerado
Continuaremos:

Uma moeda para o tolo
E uma forca para o sábio,
É tudo o que queremos!

Mas o que temos?

Uma forca por um denário
E uma corda por uma moeda,
E se queda

Diante de nós as nossas divagações!
Nossa intelectual masturbação!

Um conto
Para o contador de histórias!
O vinho do esquecimento
Para a memória!

FODAM-SE OS INTELECTUAIS
E SUA PRETENSA VERBORRÉIA!
Maldito seja a mim
Resultado e vítima dessa diarréia!

De sentidos castrados!
De viver alquebrado!
De coração conturbado
Mas de pensar ELEVADO!

“All over you! All over me!”
Se perdeu por aqui!

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Algum Ódio Poesias Ruins {Po(v)e(r)t[r]y}

{Po(v)e(r)t[r]y} Autofagia

Cuspir e beber o escarro.
Jurar largar
E novamente cair em desvairo.

Talvez seja essa a dualidade
Sem sentido do viver:
Não se fazer planejando como se faria.

E de tanto sonhar,
Tanto querer,
A falsa moral nos joga nesta Autofagia.

Sentimos o ensejo
Mas perdemos o sabor!
Temos o desejo
Porém obscurecemos seu valor!

Por que?!
Por regras que ninguém entende?!
Por tradições que ninguém compreende?!

Tolos somos nós!
Seguimos uma lei
Que só nos faz ficar sós
Aqui na escuridão!

Vida obscura
De um caos insano!
Que em meio à loucura
Forja um plano

De construir!

Por cima de uma pseudo-ordem
  Vivemos.
Existimos na nossa mais real desordem!
E ainda há aqueles que não concordem

Com este pensar!

Debaixo da moral
Colocamos a felicidade!
E o que ganhamos?
Praticamos escondidos a nossa feliz “iniquidade”!

E muitos sofrem
  Escondidos
Com seus desejos
  Obscurecidos

Procurando a razão!

E o que mudamos?
Nada!
Vivemos sob velhos moldes!

Desejar, reprimir, fazer e continuar!

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Algum Ódio Poesias Ruins {Po(v)e(r)t[r]y}

{Po(v)e(r)t[r]y} Juventude

Somos filhos do tempo.
Nos apraz caminhar ao relento
Para nunca estarmos sós.

Nos embriagamos sempre.
Não pelo prazer,
Mas para que a mente
Não nos importune ao adormecer.

Desviamos nossa atenção do mundo.
A música é nossa irmã-filosofia.
Não precisamos da sabedoria.
Só queremos o solar da guitarra rico e profundo.

Que nos importa se nos tornaremos bestas engravatadas?

Quero me divertir e sair!
Que me importa se mais tarde
Viverei anos com alguém que não quero,
Com filhos que não saberei educar.

Quero comer mulheres gostosas.
Queremos todos ter um papo dez.
E se possível,
Que venham todos cair aos meus pés!

E passam os anos…