Cuspir e beber o escarro.
Jurar largar
E novamente cair em desvairo.
Talvez seja essa a dualidade
Sem sentido do viver:
Não se fazer planejando como se faria.
E de tanto sonhar,
Tanto querer,
A falsa moral nos joga nesta Autofagia.
Sentimos o ensejo
Mas perdemos o sabor!
Temos o desejo
Porém obscurecemos seu valor!
Por que?!
Por regras que ninguém entende?!
Por tradições que ninguém compreende?!
Tolos somos nós!
Seguimos uma lei
Que só nos faz ficar sós
Aqui na escuridão!
Vida obscura
De um caos insano!
Que em meio à loucura
Forja um plano
De construir!
Por cima de uma pseudo-ordem
Vivemos.
Existimos na nossa mais real desordem!
E ainda há aqueles que não concordem
Com este pensar!
Debaixo da moral
Colocamos a felicidade!
E o que ganhamos?
Praticamos escondidos a nossa feliz “iniquidade”!
E muitos sofrem
Escondidos
Com seus desejos
Obscurecidos
Procurando a razão!
E o que mudamos?
Nada!
Vivemos sob velhos moldes!
Desejar, reprimir, fazer e continuar!