Horas são aquelas
Em que deitada no leito
Vi teu sangue escorrer da tua boca
Senhora tão bela!
Transformastes a ti numa vilaneza singela
Que, digna de admiração,
Contém o êxtase na putrefação!
Verei dos teus dias
As noites frias
Corroerem-lhe as entranhas
Enquanto barganhas
Com os deuses pela liberdade
E em ansiedade
Ficarás a chorar!
Haverão aqueles que dirão
Que foi inglório
E os teus antigos amantes dirão:
“Injusto!”
Mas, à mim, sem susto
Virá tua derrocada
E destroçada
Hei de te contemplar!
E só então verás
Os males que, sagaz,
Perpetrastes nos caminhos,
De nós que semelhantemente sozinhos
Ficamos a vagar
E a de ti lembrar!
…Amaldiçoar!