Já me cai aos seus pés, ó musa cruenta,
Mas mesmo assim não cospe-me na razão!
Hás de viciar-me como se vicia a um cão
No servilismo infindável em busca de comida!
Lamberei eu eternamente os teus pés
E a emitir lamúrias passarei o meu tempo?
Ah! Este velho cão está largado ao relento
E sem dono há de adonar-se.
Adonar-se é um sonho!
Sonho que sonhado em profusão
Jaz em lassidão!
Em vicissitudes se sublima o cão
E de sublimar-se transforma-se num belo pano de chão.
O chão não é o limite para os Lúciferes.
Eles caem eternamente atravessando mundos
E vão para o vácuo eterno cultivar seus títeres.