Louca espuma!
Fala fria!
Respirar quente!
Há! Há! Há! Demente!
Vivo, vivo e morro!
Grito, grito: Socorro!
Estou perdendo tempo!
Qual a direção do vento?
Não vê que estou atrasado?!
Meu amor na esquina espera!
Mas sua vida já não impera,
Pertence aos mortos da caverna.
Vede! Que anoitecer estranho é esse?
Que chega por vezes espreitando,
As mentes humanas acariciando:
Loucos sãos se tornando!
E eu que louco,
Com a loucura brincando,
Transformo pseudo-sanidade
Em uma conversa de comadres!
Pseudo-burrice! Pseudo-inteligência!
Pseudo-verdade! Pseudo-demência!
Desgraçados somos,
Seres de pó!
É impossível achar sentido
Sem sua cabeça dar um nó!