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Apokolips

O Túmulo do Desconhecido

Eu queria ter lido teu nome no epitáfio,
Mas a ruína já apagou os escritos do teu túmulo
E nem o tato da palma da mão foi capaz
De sentir os sulcos que nomeavam a tua vida fulgaz.

E mesmo com as glórias de um batismo pagão ou santo
Seu nome, como qualquer outro,
Não resistiu para soprar palavras sem significado
À este futuro aos teus olhos ocultado.

E por forte, ou vivaz, ou estúpido, ou prepotente, ou caridoso
Que tenha sido o seu vôo
Foste abatido como qualquer um
E lançado ao chão distante do azul.

E por mais que tenha escrito
Ou edificado;
Apagado, animado
Ou pervertido,

Não sobrou marca alguma que indique
Como você era chamado ou conhecido.
Não há nada que explique
O porque do túmulo aqui erguido.