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Noite de garras armadas II

Uma fera ruge
E seus dentes são estrelas
Na sua boca aberta!

Uma deusa cobre
Com seu manto as centelhas
De vidas humanas que em oferta

Estendem seus braços ao Olho de Hórus:

Lua!

Inspiradora da licantropia!
Homens-lobo arreganham os dentes
Ante seu olhar benevolente

E terno!

E no Inferno

Cantam demônios canções em teu nome
Enquanto a chama consome
Alma mortal

Sob sua orientação
E redenção!

Cair aos pés da noite
De garras armadas
E rugir raivosa e alegremente
À cada um dos seus dentes!

E sentes!

Não há outro caminho
Que não seja aquele:

Sozinho!

Sai do ninho, Pássaro-Demônio,
E vai!

A noite cai
E vai
Ao teu encontro
Enquanto derrama sua saliva

De fel!

E no céu

Anjos se escondem!

Asas ensanguentadas caem ao chão
Destroçadas!
Potestades evisceradas
Sucumbem sem razão!

Tamanha, santa e bendita podridão!

Anjos fecham os olhos
Ante o auge da natureza da criação:

A noite de garras armadas
A rasgar o próprio coração!