O círculo se completa.
Mas a incapacidade de colocar
O Anel da Vingança no dedo
Me faz acordar todas as noites assustado
E cedo
Me sinto forçado
À bradar aos ares minha dor!
Colocar tal anel é necessário,
Porém a reclusão nas aparências me tortura
E escura
Vem a noite sobre meus pensamentos!
São decisões de momento,
Só que meu intento
É bem outro!
E não quero perseguir enteados queridos,
Nem fantasmas esquecidos
Que querem ser carregados até o infinito!
Hoje é um dia
Em que a monotonia
Está longe
E finge aqui estar!
Pois o hoje é um canto
Onde o espanto
Não vai passar!
Pois tais sentimentos são bem conhecidos:
Um coração vendido à naufragar!
E Sombra!!!
Te vi sentada por sobre o muro
E enquanto dialogávamos,
Te juro!
Não era nada disso que queria!
E Sombra!!!
Não era assim que aconteceria!
Vivificai,
Ó Forma,
Nas trevas
E quebres
Minha razão!
O coração fala alto
Mas de assalto
Corrompeu-se sem motivação!
Forma!
Eu te vi gestada no firmamento!
És aquela estrela adorável
Com a qual meus olhares sempre cruzavam…
E sonhos gestei por este astro imensurável!
Carreguei-te por nove meses!
O tempo de uma vida.
E a despedida do feto de do útero
Se aproxima!
Circunsclaro vejo
Que desejo
É bom demais
Mas nos anais
Se viu relatado
O fato
Dele não se realizar sem sangue!
“Como é que se diz: Eu te amo?”
É um pacto com o demônio:
Sangue, promessas, frustração.
No rádio uma legião
Fala de coisas que há muito esqueci
E que, talvez,
Jamais senti!