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Interlúdio Poesias Ruins {Po(v)e(r)t[r]y}

{Po(v)e(r)t[r]y} Uma história

Uma história
Perdida ficou na memória…

Era uma vez um garoto
Que cresceu
E se tornou um homem,
Que morreu
E hoje os vermes o consomem
Esperando chegar ao pó.

O sol deu os ditames da vida.
A lua cantou as despedidas
De um Amor Imortal
Que convalesceu com o câncer de um mal:

A dúvida.

Deusa cruel que rasga o peito.
Sua verdade é pútrida
Porque é inegável e lúcida.

Mas confusão cheira,
Na memória, na sujeira,
Na história que a loucura beira.

Uma criança sonhou
E se tornou um deus.
Um deus acordou
E se tornou um homem
E hoje os vermes consomem
Sua mente de tantos
Labirínticos entretantos.

Um adolescente se apaixonou
E se tornou um louco.
O louco ensandeceu-se
E hoje é só um pouco

Do que já foi louco.

Hoje, não existem Amadas Imortais,
Mas o carinho é mais verdadeiro por certo.
Não existem mais ideais radicais,
Mas não estou mais em um deserto

De sentimentos,
Tonalidades e nuances,
Luzes fugazes e relances,
Vida ou doce entretenimento.