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Tédio

Grilhões os forjamos todos os dias

Grilhões os forjamos todos os dias,
E, em meio a tantas monotonias,
Quem afirmaria que é insensatez?

Nas regras do desregrado viver
Se quebra em pedaços de sôfrego prazer
Quando o orgulho se enaltece como parede
E nos cerca impedindo a saciedade do coração a sede.

E jogando os jogos das gravatas e honrarias
Seguimos as nossas conclusões precoces ou tardias
Pois a palavra se prende aos músculos
E o desejo nos produz Súcubos.

Olhares nos fazem esmorecer a vontade,
Ocultamos nossa alma atrás da mediocridade
E dizemos “Bom dia” com a morte estampada no rosto.

O tédio profundo provoca desgosto
Mas a fome de nada nos faz levantar toda manhã
E as palavras açucaradas nos fazem sorrir ao afã.

Mais dia, menos dia, nosso corpo fenece.
A dor é a única que cresce
Enquanto na corrupção do espírito
Há muito já não se dorme tranqüilo.

“Vá lá e sorria!”

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Tédio

É só

É só mais uma rua,
Mais um sonho,
Mais uma despedida,
Mais um confim.

É só mais um canto obscuro
Onde há muros
Dividindo nossos corações.

É só mais uma noite
Onde da verdade o açoite
Castiga a mente do admirador…

Não se importe com a pobreza dos meus versos…

Pois este só foi mais um dia
Em que a monotonia
Abateu meu coração…

Foi só mais um momento
Em que tive o intento
De fazer uma canção…

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Poesias Ruins {Po(v)e(r)t[r]y} Tédio

{Po(v)e(r)t[r]y} Virando taças mediocremente

Tomai conta de mim,
Ó Fúria,
E derramai do meu coração
Toda injúria.

Este, está cheio
De sentimentos tortuosos,
De sentires desgostosos.
Por isso, essa taça virai
           E derramai!

Esse importunar incoerente.
Essa loucura potente.
Esse “quê” sem sentido.

Esste tédio impossível de ser esquecido.

Virai e derramai
Em versos ou esbravejos
Tanto sentimento sem sentido
Tornando para mim a frieza algo benfazejo.

Virai e derramai
O Tédio!
Virai e derramai
A falta de inspiração

Que me atinge com toda a razão!