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... Poesias Ruins {Po(v)e(r)t[r]y}

Não havia nada para dizer…

Como alguns devem ter notado, as Poesias Ruins finalmente estão indo para o site (todas indicadas com a respectiva categoria)… Não iam por uma questão de ego. Ego o qual foi convencido quando concordei em colocar uma ruim acompanhada de uma outra das regulares (que para muitos talvez sejam até piores). Como havia um pressuposto pacto de que tudo iria, resolvido o método prevaleceu o pacto.

Muitos (ou talvez ninguém) quiçá tenham notado a disparidade de estilo, conteúdo, idéias. Nada mais justo uma vez que os poemas aparecem no site tão somente seguindo a lógica do meu bel prazer, e nenhum sentido cronológico (o que seria, não impossível, mas no mínimo vago, uma vez que nada foi datado). Visto que eles abrangem um arco de praticamente 20 anos de criação(?) a disparidade é mais que esperada (e diria até “bem-vinda”).

E por último, gostaria de dizer que os comentários são a alegria do site. Toda vez que alguém faz um comentário uma criança é salva da morte por inanição na Romênia.

No final de cada postagem há um link para que se possa fazê-lo:

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Comentem sim? A Administração agradece!

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... Poesias Ruins {Po(v)e(r)t[r]y}

Poesias ruins

Muito em breve começarei a postar poesias ruins. Vou criar uma categoria para elas de forma que as almas fiquem de sobreaviso. Rimas piores do que as convencionais, métricas ainda mais ridículas, conteúdo com um quê adolescente insuportável ou uma espiritualidade pedante. O porquê? Sei lá, vai que de repente alguém gosta.

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Amigos e Caminhos Poesias Ruins {Po(v)e(r)t[r]y}

Poesias Ruins {Po(v)e(r)t[r]y} ForJu (H.B.)

Lá fora o frio e a neblina
Esgueiram-se por entre as pessoas,
Reclusas cada uma em sua particular sina,
Enquanto eu, cheia de pensamentos à toa,
Sem nexo, sem importância,
Sem a instância
De algo concluir,
Observo pela janela essas personagens
De passagem
Das quais sequer conheço a metade.

O sol cansado,
Fatigado e entediado,
Cumpre seu papel como por obrigação.
Parece que esse astro incendiado
Não tem a menor intenção
De com seus raios a neblina atravessar.

Olho para essa estrela diurna,
Três horas além do seu ápice,
Três horas aquém do seu ocaso
E, por acaso,
Puxo uma folha e um lápis
E o começo a desenhar.

Plasmo no papel as névoas densas
Que se confundem com as nuvens preguiçosas
E por trás dessas barreiras imensas
Coloca a esfera opaca no seu forçoso brilhar.

Olho para o papel com desdém.
Os traços que ele contém
São o espelho de um dia
Em que a monotonia
Tudo faz andar devagar.

Olho novamente pela janela
E como a Terra parece mais velha!
Os poucos carros nas ruas
E das faces as luas
Parecem uma cheia ostentar.

Os rostos estão inexpressivos e vazios,
Enquanto mãos nos bolsos, fugindo do frio,
Denotam o querer se ocultar.

Volto à mim
E ao meu redor.
Minha janela já não é mais uma janela.
É uma porta que leva a um corredor

De reflexões!

E nessa janela já não vejo o “lá fora”
Mas o meu reflexo que agora
Me leva à divagações!

Meus traços, meus olhos, minha boca.
Penso: “Louca!”
“Nada parece que se alterou!”
No entanto, mais um ano se passou.

É. É o meu aniversário.
E nesse cenário,
Vejo que tudo e nada mudou!

Atrás de mim
Vejo uma adolescente,
Uma criança
À margem do atual fim.

Atrás de mim:
Paixões, desvios,
Ideais, frustrações, alívios,
Brincadeiras bobas,
Decisões loucas,
Risos,
Lágrimas,
Páginas
De muitos livros,
Páginas
De muitos escritos

De cartas,
De memórias,
De vitórias,
De derrotas,
De notas,
Bilhetes de amores
Em ramalhetes de flores
Que recebi (ou foi imaginação?)

Atrás de mim:
Amigos, inimigos,
Brigas, reconciliações,
Intrigas, emoções,
Abraços, beijos,
Loucos desejos,
Festas,
Promessas,
Reconstruções…

     …Quantas estações!

Lugares,
Patamares,
Sonhares…

     …Quantas situações!
     Tantas perambulações…

…E o melhor!

Saber que tudo isso
Participou na construção
Do que hoje eu sou,
Das partes do meu coração!

Saber que tudo isso
São transformações de mim
Que resultaram aqui mesmo
Enfim!

Reconhecer
Cada erro como um passo do meu espírito
Em busca de si mesmo,

Compreender
Cada vitória como um passo do meu desatino
Que se recusou ao esmo

E empreender!
Novas viagens pelos anos que passam
E novos mundos
Nos futuros que se ocultam!

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AnarcoPoeticSongs: PoeticLongWayDisturb L'Art Poesias Ruins {Po(v)e(r)t[r]y}

{Po(v)e(r)t[r]y} Crítica ao poeta repetitivo (eu)

O poeta perdeu a razão…
É um demente!
Agora vislumbra o mundo
Não com olhos ardentes…

…Mas, cansados e chateados…

Quer escrever, mas…
“Escrever sobre que?
Tudo já foi dito!”
E com olhos atentos
A todo movimento
Ele vê que é preciso duvidar.

Esse adepto da engenharia havaiana
Percebe que de fato é preciso
Derrubar muros e construir pontes.

Mas, quais são esses muros?
Sobre o que colocar tais pontes?

Muito esse velho repetitivo já falou
Sobre os muros da solidão
E os rios de ânsia
Que desembocam em mares de frustração!

E lá vai o tolo:
Velhas metáforas…
Velhas palavras…
Rimas cansadas

Que insistem em renovar o seu sabor
E tirar a paciência do leitor.

E dá-lhe “amor”!
Olé!

E lá vai o tolo:
Tonto no ponto…
No ponto de cair…
…Ao ponto de dissentir…
…De si mesmo
A esmo.

E dá-lhe “peso”!
Pesar!
Buááá!

Chorar. Lacrimejar. Não mais.

E dá-lhe “ergue os braços”!
Avante!
Iluminar o semblante!
Viajante…
Intolerante!

E dá-lhe um “versificante”!
Com vitamina C
Pra ver se se vê
Ou se se pode esquecer.

E dá-lhe “conformação e cegueira”!
Tanta asneira…
Orgulhoso,
Com o orgulho feito peneira.

E dá-lhe Arístipo!

E dá-lhe Sócrates!

“Arístipo,
Pelos furos da tua veste
Vejo a luz do teu orgulho!”

E viva Sócrates:
Humilde e bem vestido,
Com o vestido no embrulho
Pra patroa deixar
Ele tomar a birita com os amigos no bar!

E viva a vida!
“Viva eu, viva tu,
Viva o rabo do tatu!”
Há! Há! Há!

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L'Art Poesias Ruins {Po(v)e(r)t[r]y}

{Po(v)e(r)t[r]y} Ao feto morto de uma poesia não escrita (um aborto)

Filho, feto da minha alma!
Te vejo agora morto nas minhas mãos!
Abortado foste por aquela que não teve forças
Para tirá-lo do coração!

Agora vendo teu semblante sem vida
Vem a mim cruel despedida
Da tua alma que agora está a vagar
Sabendo que, para o descanso, não terá lar.

Forma! Te vi gestado em meio a confusão.

Tuas partes foram má geradas
Em meio a múltiplos conflitos
De múltiplas encruzilhadas.

E agora que vens a tona,
O teu sentir disforme
E tua forma triste e sem vida
Provocam em mim a dor que consome.

E erijo para ti,
Ó alma errante,
Teu derradeiro túmulo de diamante!

O qual foi guardado aqui, no peito,
Esperando que viesse tolerante
Para depositar o teu semblante.

Toma asas,
Viajante dos ares!
Toma espaço,
Louco foragido de batizares!

Tua sombra projeta o tormento no meu ser.
Tua vida projeta morte no meu conceber.
Tua loucura é por demais arredia ao meu ver.

E agora criança-sombra
Chamo velhos pássaros:
Que voam rumo ao espaço
Ostentando na fronte seu pesar!

Voam em disparada.
Dura foi sua caminhada
E temem ao fim chegar!

Uniram o tormento,
Dispersaram o intento,
E sabem que não existe no mundo mais lugar!

Eles vêm agora, criança-sonho,
Buscar teu corpo morto e inerte
Em meio a essa poesia
Que minha alma agora verte!

Vê o por-do-sol, criança!
Eles te levarão para lá,
Onde nada se tem para ocultar.

Já chegam aqui os pássaros!
Já te tiram dos meus braços!
Já atravessam os espaços!
Sua partida já estou a contemplar…

…E a chorar…

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Asterix Poesias Ruins {Po(v)e(r)t[r]y}

{Po(v)e(r)t[r]y} [Asterix] Ciclo Menstrual IV: Uruca da TPM

Uruca e TPM, Arroz e Feijão,
Indissociáveis por natureza.
Ja vá lidando com a monstruação.

***Sobre Asterix consulte: Novas Formas Poéticas

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Asterix Poesias Ruins {Po(v)e(r)t[r]y}

{Po(v)e(r)t[r]y} [Asterix] Ciclo Menstrual III:Sobrevivência sobrenatural

Sangra Sangra e não morre!
Vai homem! Foge! Corre!
Parasobrevivente o Javali Final

***Sobre Asterix consulte: Novas Formas Poéticas

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Asterix Poesias Ruins {Po(v)e(r)t[r]y}

{Po(v)e(r)t[r]y} [Asterix] Ciclo Menstrual II:A Iminência do Caos

Ai meu deus!
Já vali-me de toda oração!
Chegou a menstruação.

***Sobre Asterix consulte: Novas Formas Poéticas

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Asterix Poesias Ruins {Po(v)e(r)t[r]y}

{Po(v)e(r)t[r]y} [Asterix] Ciclo Menstrual I:Menstruação Javali

Javali furioso é um monstro.
A menstruação gera javalis
Pois mulher menstruada é osso.

***Sobre Asterix consulte: Novas Formas Poéticas

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Obelix Poesias Ruins {Po(v)e(r)t[r]y}

{Po(v)e(r)t[r]y} [Obelix] O Lamento do Fanho

Me niraram udo o ‘eu tinha
Aora chóo desgonçola’o
Ocuando a mi’a Se’afina

***Sobre Obelix consulte: Novas Formas Poéticas