Categorias
O Fim

Porvir II

Declamarás sim!
Versos furiosos
Aos Senhores do Tempo
Que silenciosos
Guardam por sob o manto
As ampulhetas pacientes,
Os grãos insistentes
Em cair
Para o porvir.

Te contarão histórias
De enamoradas inglórias
Que cortejarás pelos teus dias
Que se seguirão!

Cantarás sim!
Versejares harmoniosos
Aos Senhores da Fúria
Que o poder guardam
Por sob a pupila purpúrea
Que brilha demonstrando
Caminhos e universos
Que desconexos
Lhe rasgam a razão!

Verterás sim!
Versejares subconscienciosos
À deuses mortos
Que sussurrarão promessas várias
E como párias
Pela tua mente vagarão
Enquanto teu dolorido coração delira,
Pira
E inspira
Sua final reclusão!

Malditas palavras
Jogarás sobre o papel
Em que lavras
Tua alma e teu fel!

Categorias
O Fim

Porvir I

Viverás para viver
Mas não para ver
O dia
Em que tuas derrocadas
Se acumularão nas estadas
Que fizeste no negror!

E agora com estertor
Declamarás versos furiosos
À todas as bestas do apocalipse
Durante o derradeiro eclipse
Que se joga sobre o sol!

Categorias
O Fim Poesias Ruins {Po(v)e(r)t[r]y}

{Po(v)e(r)t[r]y} Porvir VII

Desejarás dias chuvosos,
Malditos orgasmos receosos
Diante da tua solidão!

Derramarás teu sêmen
Nos espíritos que temem
De ti se aproximar…

Categorias
O Fim Poesias Ruins {Po(v)e(r)t[r]y}

{Po(v)e(r)t[r]y} Porvir VI

Cortejarás doentes animalescos
Com portentos e argumentos dantescos
Provindos da tua imaginação!

Conquistarás damas frias
Que insistirás em penetrar todos os dias
Para impotência alcançar!

Amaldiçoará teus passos nas sombras
E perguntará ao espírito que te assombra
Qual foi a curva em que se pôs à errar!