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Considerações

Reflexos – parte viii

Parte I
Parte II
Parte III
Parte IV
Parte V
Parte VI
Parte VII

VIII

O espelho é um caderno
No qual só o batom pode escrever.
E as poesias que contém podem ser fugazes

Tais como:

“Adeus!
      Espero nunca mais te ver!”

E quebra-se um vidro de perfume no chão!


Parte IX
Parte X
Parte XI
Partes XII e XIII (final)

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Reflexos – parte vii

Parte I
Parte II
Parte III
Parte IV
Parte V
Parte VI

VII

Se dos contrastes e contrários tudo é feito
Que vejo
Quando me vejo?

Meu reverso,
Meu revés,
Ou apenas mais um motivo
Para caminhar pelo convés?

E admirar a constituição da frota.


Parte VIII
Parte IX
Parte X
Parte XI
Partes XII e XIII (final)

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Reflexos – parte vi

Parte I
Parte II
Parte III
Parte IV
Parte V

VI

Quereria ser um poeta maldito
Mas não sei se tenho tal propriedade.
Afinal, minha integridade,
Não sei se vai a tanto caro senhor.

Veja à ti:
Só vive da caridade
Daqueles que em verdade
Estão dispostos a dar-lhe sem temor.

Veja Satã:
Este é o meu louvor:
Quereria que me fosse espelho
Tua glória e teu horror.


Parte VII
Parte VIII
Parte IX
Parte X
Parte XI
Partes XII e XIII (final)

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Reflexos – parte v


Parte I
Parte II
Parte III
Parte IV

V

Me sento na varanda
E digo para mim mesmo
Enquanto os prédios cercam o manto da Deusa:

“Só precisava de um pedacinho de lua.”

E na rua
Argenteas multitudes transcorrem
E escorre da noite o seu sabor.

O manto está lá
E quem teria o valor?
De espelhar-se na Noite
Em reflexo e odor.


Parte VI
Parte VII
Parte VIII
Parte IX
Parte X
Parte XI
Partes XII e XIII (final)

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Reflexos – parte iv


Parte I
Parte II
Parte III

IV

Abro espaço entre os círculos e as esferas.
Aqui, feras, não deixam nenhum traço

De embarcação sobre mar flutuante
Ou de faces de um lugar mnemósico-hesitante.

Estou apenas no mundo da imaginação.

No qual meu corpo nu,
Em meio ao obscuro,
Caminha
Por entre esses círculos de cristal.
Assim seguro
Caminha
Porém não seria de todo mal:

O crescimento dos jasmins
Ou o contemplar das metamorfoses de mim.

Os círculos ao meu redor flutuam
E há tantas faces distorcidas
Assim refletidas
Ao meu redor…

…Em círculos de cristal
Onde nem tudo é de todo mal…


Parte V
Parte VI
Parte VII
Parte VIII
Parte IX
Parte X
Parte XI
Partes XII e XIII (final)

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O Jardim – partes iv e v (parte final)


Parte I
Parte II
Parte III

IV

Ó flor altiva que se esgueira
Buscando os favores do sol
Será que em tua mente o pensamento beira
Das minhas ânsias e do meu rol?

Ou olhará sempre para cima, altaneira,
Em busca dos favores do sol?

E quando tua raiz busca na terra
Os prazeres dos límpidos sais
Não se apercebe dos que em dor você encerra,
Aqui no desprezo, à querer mais?

Ou sulcará eternamente a terra
Se comprazendo nos límpidos sais?

E no seu orgulho submete
Àqueles a quem não conheces, nem olhas,
E seus favores promete
Apenas à chuva que te molha.

Submetendo orgulhosamente
Àqueles que não conheces, nem olhas.

Tuas folhas assim crescem
Tão sem demora…
Enquanto outros fenecem
Na podridão que nosso ser deplora.

Enquanto tuas folhas assim crescem
Tão sem demora…

Ó tu, padecente em meio à áurea flora!
Por que não segues tua alma
E morre sem demora?

Ó eterna moradora do pútrido rol!
Daqueles que morrem em calma
Esperando os favores do sol!

Parte V

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O Jardim – parte iii


Parte I
Parte II

III

Pobre da erva daninha,
Jaz sozinha…

Seu amor é tanto
Que sufoca.
Sua intensidade é tamanha
Que provoca

A morte das flores das quais se acerca…


Parte IV

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Reflexos – parte iii


Parte I
Parte II

III

Tomar um barco e navegar…
Tão vasto é o mar!
Porém só nos interessa aquele pedaço:
Em que, na proa, como se fitando o espaço,
Olhamos para baixo tentando compreender
Àquela criatura ondulante,
Àquela imagem como que enclausurada n’água,
Como que enclausurada num mundo tão distante.


Parte IV
Parte V
Parte VI
Parte VII
Parte VIII
Parte IX
Parte X
Parte XI
Partes XII e XIII (final)

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O Jardim – parte ii


Parte I

II

Deste jardim
Somos o sonho do verme que busca na terra seu alimento.
Ele diz – “Alento!” –
E passa por entre as raízes das flores
Enquanto sabores
Contém na mente
Vazia de cores.
Por isso, labores
Coloca nas costas
Impregnada de odores.

O verme sonha com um lugar para se descansar…


Parte III
Parte IV

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Reflexos – parte ii


Parte I

II

É um teatro longo
Num país distante.
A longevidade é a metáfora do tédio.
A distância é a imagem da introspecção.
E nos jogos feitos diante do reflexivo cristal
Refletimos sobre reflexos refeitos em honrarias
E memórias tardias
Que se perdem nesse mar de cristal.


Parte III
Parte IV
Parte V
Parte VI
Parte VII
Parte VIII
Parte IX
Parte X
Parte XI
Partes XII e XIII (final)