Categorias
Interlúdio Teen Drama

À Procura da Alma

Andando pela terra
Com a mente viajando em céus
E o coração rasgando diferentes véus

Sigo.

Quis aqui edificar
O meu sonhar,
Numa busca sem fim que ele em si encerra.

Buscando os pedaços de mim
Perdidos neste mundo de formas sem fim
Caminho.

Enclausurado em tantos falsos ares.
Sonhando nostalgicamente com já visitados altares
Nos quais nunca estive sozinho.

Hoje, magicamente, ergo um pouco mais a fronte,
Contemplo o horizonte
E vejo o que há entre o centro e os extremos do meu ser:
Coisas que nunca cheguei a saber.

Não as via
E por isso acreditava que não existiam.
E duvidava
Porque assim meus pensares me restringiam.

Destruo a esfera do meu mundo
E vou voando em busca da minha alma!
Sou uma ave que saiu do ovo
E quer construir seu próprio ninho!

Vôo em busca da minha alma!
Essa amante desesperada,
Que chora dia e noite,
Esperando pela minha chegada!

Vou em busca da minha alma
E quero deixar de lado as ambivalências!
Segui o bem e segui o mal!
Segui à ambos e não houveram consequências!

Quero deixar de lado os extremos:

O desejo de purificar
E o desejo de corromper!
Agora, é seguir o coração
E deixar toda regra fenecer!

Vôo em busca da minha alma
Como o sedento em meio ao deserto.
Como quem sabe que seu objetivo é certo,
Porém, sempre tentou contorná-lo com calma.

E não quero mais a calma!

Tudo que quero é ver
O anseio divino ferver,
À mim, de novo, possuir
E minha trilha poder seguir!

Vou em busca da minha alma
Como quem buscou o poder!
Como quem buscou o vencer!
E agora vê que só a si quis ter!

Vou em busca da minha alma
Como quem quer as rédeas do seu destino!
Como quem quer seguir um desatino
De um sentimento que destrói a razão!

Vou em busca da minha alma
Como quem quis reformar o mundo,
Quis reformar à si mesmo,
Nada mais quis reformar
E viu que sempre andou a esmo!

Vou em busca da minha alma
Porque só quero poder abraçá-la de novo,
Poder deitar minha cabeça no seu ombro
E chorar tudo o que me obstrói o sono.

Vou em busca da minha alma
Porque no caminho da vida
Tudo que achei, comigo levei,
Mas, foi só esta alma
Que no caminho morrendo deixei…
…Que no caminho morrendo deixei…

Estou à procura da alma!

E por querer procurá-la
Já a toco!

Por querer tocá-la
Já a beijo!

E por beijá-la
Já vejo

Que entre tantas procuras
Esta sempre foi a do meu desejo!

E olhando todas as filosofias,
Todas as lutas travadas,

Vendo o sofrimento e a carência de sentido
De todas essas estradas,

Agora sim posso dizer,
Que de tantas caminhadas,

Foi buscando minha alma
Que todas quis empreender!

Categorias
CCETrix

[CCETrix] Cooperativa Brasil

Cooperemos Capixabas Exilados!
Caíremos Colossalmente Enfastiados
Com Cambrés Executados…

Categorias
O Fim

Abro assustado os olhos pela manhã

Abro assustado os olhos pela manhã
E já sinto o meu afã
Estou à um passo da desesperação

Venho de um pesadelo distante
Num mar de lúgubre embriaguez incessante
Vítima do ensurdecimento da razão

Minha alma em revolta
Nas névoas aguarda sua escolta
Para um desconhecido sepulcral

Eu estou me desfazendo
O tempo me corroendo
Sou um cadáver austero e banal

Pois passeiam pelo chão as folhas de outono
Mas eu sou um cão sem dono
Estou rastejando pelo cemitério fatal

As lágrimas da minha sede
É a minha vontade que cede
Caindo em desesperação final

Caindo na desesperação final…

Os pedaços da mente
São fotos do passado que atende
As necessidades desses dias de cão

Pois as recordações
São as alucinações
Das drogas que injeto no cotidiano…

…Suprindo as necessidades desses dias insanos

E sigo todo dia em frente
Empurrando minha carcaça decadente
Mas mente minha movimentação

Pois estou parado na vida
Com a cabeça apodrescida
Com os pedaços de um nada em ação

Racham as paredes do apartamento
Cai por sobre a terra o tormento
Dos dias que passam no vazio

A encanação está destruída
E a chuva que me intimida
É o círculo que me restringiu

Mas congelo minhas lágrimas
Pois o vento do inverno leva as páginas
Do ímpeto que um dia me atingiu

Nasci na primavera
Fui forjado no inverno
E assim meu coração se cingiu

No verão sequei
Esqueci tudo o que amei
E no outono fiquei amarelo e frio

Jogaram os dados da vida
E as estações perdidas
Escorrem pelos meus dedos

E a morte me aperta o ventre
Eu sou uma chama convalescente
Esperando o fechar dos teus medos…

Categorias
O Fim Rascunhos

Precursora de “Apokolips”

Alfabeto apocalíptico
Usado pelas criaturas
Que forjaram para si
Um lugar na caverna
Onde pudessem conversar.

Escondido hieróglifo
Nas encostas de um esquecido mar.

Categorias
Poetrix

[Poetrix] Origami

Dobrar-se
Como se dobram origamis
Nov’alma em plenilunio renatimorfeita

Categorias
Certas mulheres O Fim

Mulher Demoníaca II

Ah Tu que fria
Te ergues assim
Diante de mim
Nua, altiva e esguia!

Tal qual serpente alucinante,
Que me hipnotiza e provoca sensações delirantes
No meu corpo,

Vai ocultando e mostrando rapidamente
Com movimentos eloquentes
Tua língua ofídica e sensual

Enquanto teus olhos répteis e demoníacos,
Fixos nos meus,
Provocam efeito que nem a ação de mil afrodisíacos
Poderiam alcançar!

Os movimentos ondulantes
Executados pelas tuas mãos deslizantes
São passes de magia que não se pode explicar!

Ah Tu que fria!
Mulher-Demônio!
Teus negros cabelos!
Tua branca pele!
Teus singelos seios!

Carregados de inocência
E convidativos à experiência
De beijá-los!

Ah… tocá-los!

Mas mulher, acima de tudo isso…
…Teus olhos!

Ao vê-los me sinto diante de forças luciféricas!
Vejo chamas em meio às formas esféricas
Das tuas pupilas,
Ó Senhora-De-Todas-As-Sensualidades!

Ah mulher!
Sexo contigo é um pacto com todo o Inferno!
É mergulhar no Estige!
É deixar o tesão queimar
De tanto gozar!

Ah mulher!
Amor contigo é uma história do Averno!
É duvidar da resposta de Édipo ao enigma da esfinge!
É deixar a alma se desintegrar
De tão etereamente flutuar!

Ah mulher!
Tuas chamas me cercam!
Teus braços me apertam
Até sufocar!

Senhora-Branca-Como-O-Gelo
Teu corpo me pede violência e zelo!
Teu sexo parece que está a me chamar!

Ah… Te penetrar é enviar o espírito
Até diante dos olhos de Hades!

Ah mulher!
Só tu sabes
Como me fazer queimar!

Categorias
Poetrix

[Poetrix] Escultura

Derrotado na esgrima da consciência
Deixe estar…
(Es)culpa algo novo!

Categorias
O Fim Rascunhos

Arquitetar de “Apokolips”

Destruições arquitetadas
Com esmero sem fim
E por fim
Largadas
Ao vácuo
Esperando que o verme,
Que se sobrepõe à razão do caos,
Vomite os restos das frutas devoradas,
Devidamente violentadas,
Por sua fome sem fim.

Categorias
Duplix

[Duplix] Pescado // O peso da lembrança

Puxei a rede da alma,
Repaginando o passado.
Toneladas de saudade…

// Otacílio César Monteiro
// http://www.asesbp.com.br
// http://aventurasdepaulopedro.blogspot.com

// Com força maior que esperava
// Consegui trazer-te à tona
// Leve recordação

Guto
.
.

Categorias
Duplix

[Duplix] Mulher Independente // De noite na cama

Determinada, auto-suficiente
Vai ao mecânico, à manicure
Os homens não são dispensáveis
Jô Lopes
// A noite pranto insistente
// Vai buscando reparo que cure
// Rasgando-se um retrato com mãos ágeis
// Guto