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[Poetrix] A Verdade sobre as Máximas XII

Zoofilia:
Quem não tem cão
Casa com gato

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Algum Ódio

A transparência das lágrimas

Do vermelho o rubor
Ou o sangue
Já não nos interessa

Queremos apenas a calma pressa
Que consome dia após dia o enxame

De árvores ancestrais
Decaídas em meio à torrenciais
Ataques, depredações e vozes de comando.

Pois do verde das formas primevas
Nada restou além da transparência das lágrimas…

Mas nas páginas dos jornais
Em branco e preto vê-se claramente crescer a cor verde dos dólares.

O verde que, como das frutas,
É o verde da imaturidade
De uma humanidade
Mais degenerada e carcomida que velhas árvores.

E das árvores bipartidas
Queremos ao menos um epitáfio antes da asfixia da terra
Que no fim nos guarda e encerra.

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Poetrix

[Poetrix] A Verdade sobre as Máximas XI

Alea jacta est!
Verdade! Bateu na minha cabeça
Me deu uma dor da peste!

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Algum Ódio

Uma moeda e uma enciclopédia

Uma moeda para o tolo!
Uma forca para o sábio!
Uma enciclopédia para o bastardo!

Um doce lábio
Cortado em meio ao furioso brado
De se arquivileplanejar vinganças!

Maldita intelecção!
   Maldita dissecação!
     Rios de protoplasma!
       Ataques de asma!
         Ereções incontidas!
           Mulheres despidas
             Na imaginação!

Cruel, cruel brincadeira.
Infeliz, infeliz asneira
De pensar!

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[Poetrix] A Verdade sobre as Máximas X

O marido brigou com mulher
Ainda há quem diga
Que só meteram uma colher.

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Algum Ódio

Uma moeda e uma forca

Uma moeda?
Para o tolo!

Uma forca?
Para o sábio!

Teus dias já foram melhores,
Meu caro otário!

Mas não há de ser nada!
Pois nesta maravilhosa escada
Colocaram no alto os que pensam e matam
E embaixo os que vivem e não lacram

Seu coração!

E nesse orgasmo masturbogenerado
Continuaremos:

Uma moeda para o tolo
E uma forca para o sábio!
É tudo o que queremos!

Mas o que temos?

Uma forca por um denário
E uma corda por uma moeda,
E se queda

Diante de nós as nossas divagações!
Nossa intelectual masturbação!

Um conto
Para o contador de histórias!

O vinho do esquecimento
Para a memória!

Pois a taça preenchida é inútil!

E segue a intelectualidade:

De sentidos castrados!
De viver alquebrado!
De coração conturbado
E de pensar elevado…

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[Poetrix] Vida

O vazio abençoa a taça quebrada:
Tão logo é enchida
Tão logo é esvaziada

Adaptação de uma quadra encontrada em Os Livros da Magia, no capítulo do Mantícore, por John Ney Rieber

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Algum Ódio

Maldição II

Horas são aquelas
Em que deitada no leito
Vi teu sangue escorrer da tua boca
Senhora tão bela!

Transformastes a ti numa vilaneza singela
Que, digna de admiração,
Contém o êxtase na putrefação!

Verei dos teus dias
As noites frias
Corroerem-lhe as entranhas
Enquanto barganhas
Com os deuses pela liberdade
E em ansiedade
Ficarás a chorar!

Haverão aqueles que dirão
Que foi inglório
E os teus antigos amantes dirão:
“Injusto!”
Mas, à mim, sem susto
Virá tua derrocada
E destroçada
Hei de te contemplar!

E só então verás
Os males que, sagaz,
Perpetrastes nos caminhos,
De nós que semelhantemente sozinhos
Ficamos a vagar
E a de ti lembrar!

…Amaldiçoar!

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[Poetrix] A Verdade sobre as Máximas IX

Por trás de um grande homem
Há sempre uma grande mulher.
“Lógico, sair sem salto?! Má nem!”

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Algum Ódio

Tal qual inocente flor

Tal qual inocente flor
Desenhada pelas mãos de uma criança
Floresceu meu coração para o amor.

Porém, num mundo que enclausura os poetas sanguíneos,
Meu amor foi aprisionado
Tal qual flor dentro de vítrea redoma!

O domo distorce as minhas visões.
O domo rege as minhas sensações.
O domo converte minhas externas percepções.

Fui condenado à viver o amor livre…
        …De mim mesmo!