Nossos olhos jogados ao espaço
E nossa mente dada aos pássaros,
Assim abraçamos chegando das trevas
À terna luz que nos cega.
E quantas vezes não olvidamos nossa caínica marca
E nem damos ouvidos à mítica Parca
Que nos ensina nos desatares dos fios
Onde nascem e para onde nos levam os nossos rios.
E então brincando de humanidade
Sorrimos à nossa simplicidade
De sob o sol se esgueirar
E nas nuvens formas perpetrar.
E talvez à nenhum outro como à nós,
Filhos de Cain,
Causa tanto prazer essa suave voz
Que enleia a raça dos justos tão sem fim,
Pois sabemos que aos instantes de suave respiração
Segue a dormência dos prazeres
E o iniciar do batalhar e da destruição
Ambos ornados de poderes.
Pois enfim nossa vida cede,
Pois além de toda vitória se perde,
A razão de tantos afazeres…