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Poesias Ruins {Po(v)e(r)t[r]y} Teen Drama

{Po(v)e(r)t[r]y} Sozinhos

Caminhamos tanto
E tanto caminhar parece impróprio,
Mas, o pesar mantém a sanidade
E a ordem, a repetição, mantêm-nos sóbrios.

Começamos num ponto distante
E hoje avistá-lo ainda é possível,
Porém, não sem lágrimas nos olhos
Ou um lamentar irreprimível.

Víamos no horizonte
Um sorriso puramente feminino
E quando abríamos os olhos
Era vista somente a sedução matando a um menino…

…Tornando-o um adulto.
No entanto, rebelde, sofrível e irracional
Era (e é) esse caminhar não menos sóbrio
Pelas paragens de um antigo sofrer habitual.

Esperamos muitos dias pela curva
Mas nunca tivemos um braço que nos abraçasse
Que algo além
De dor, ódio e frustração mostrasse.

Tanto caminhamos, sempre sozinhos,
Com, por vezes, o sol,
Ou, outras, a chuva,
Ou ainda uma noite irrequieta sem maiores carinhos.

Desejamos pouco menos que a perfeição:
Só um pouco de Amor puro…
Mas, só existe o pó do caminho sobre nossos pés
E o nosso olhar inseguro…

…No futuro.

E se chegamos ou não
   Pouco importa.
     O que impera é tão somente a solidão
       Que está sempre à porta
         Do coração
           Mostrando uma nova canção.

             E sua velocidade
               É sem par
                 Rapidamente nos faz chorar,
                   Morrer ou largar…

…A nós, que caminhamos sós,
Que desatamos os nós…

…Da vida!

Mas tal sofrer ao menos não é cruel despedida
Porque nunca houve encontro.
Nunca houve ombro para se recostar.
Nunca houve alguém para se amar…

…Que não nos tenha usado como depósito de frustrações.
Valemos mais que nossa aparência e dinheiro.
Mas são cegas as pessoas para nossos corações.
São cegas as pessoas para nossas ilusões.

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