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Um dia entre tantos outros
Nós conhecemos um ideal
E com fúria construímos
Nosso sonho imortal.

Lembra-se de quanto a vida
Tinha um significado, um valor,
Maior do que a sobrevivência
E amenização de nossa dor?

Ah meu amigo!
Mas não é muito maior hoje a dor?
Nossos sonhos de imortalidade
Transformaram-se em dinheiro e comodidade.

Falsidades e pobres amizades.
Lembra-se de quando o companheirismo era tudo?
Só tínhamos uns aos outros
Mas isso era néctar para nós contudo.

E hoje que fazemos?
Somos vampiros entediados.
Sugamos uns aos outros descaradamente
No entanto, nas tragédias sempre enclausurados.

Recorda quando não agíamos
Como se estivéssemos num jogo de xadrez?
Éramos sinceros na lealdade e no ódio.
E hoje, complacentes do que criticamos uma vez.

Lutamos por nossa sobrevivência.
Toda a nossa cultura é usada só para a existência.
Nada fazemos mais por prazer.
Tudo se resume ao continuar e ter.

E o que diremos aos nossos filhos?
“Estudei muito e consegui um bom emprego!
Com muito esforço sustentei vocês!”
Será que nossa consciência nos dará sossego?

Quantas poesias não deixamos de ler e escrever?
Quantos livros não deixamos de fazer
Enquanto a busca pelo dinheiro e o medo
Deixou nossa humanidade a passeio?

Antes sugávamos o néctar da vida,
Hoje, em cruel despedida,
Dizemos “adeus” aos nossos sonhos
Que partem hoje risonhos

Deixando-nos vazios no coração.
E nós tudo enxergando
Ficamos apenas olhando
Em completa resignação…

Ergamos os braços!
Será que essa tempestade de fracassos
Tem que continuar à nos enclausurar?

Somos guerreiros do cotidiano!
Onde estão então os nossos planos
De fazer o mundo mudar?

Se a vida é dura
Muito mais duro é encarar
A falta de realização
Que estamos fadados a carregar!

Melhor morrer gritando: “Vivi!”
Do que passar a vida
Sussurrando: “Sobrevivi…”
Enquanto a esperança vai sendo perdida.

Com certeza cada um de nós
É um grande guerreiro que perdeu o coração.
Mas enquanto há inquietude
Há chance de transformação.

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