Um sorriso é tão somente um sorriso
E se a ti parecer mais,
Ó Sombra da Noite,
Vem e beija-me!
Respiro-te.
Sinto-te.
Provoco-te prazer.
E se de ausência ou proximidade
A minha presença carecer,
Ama-me!
Pois só nos extremos insensíveis
Ao toque, ao olhar tão humanos,
É que nos tornamos menos perecíveis,
Mais próximos de etéreos planos!
Na sombra forjei-me.
Na sombra cresci.
Na sombra vivi.
E se agora a tua imaculada negritude
Me parece, talvez, como alheia
À minha insana inquietude,
É que a velhice provocou
Cegueiras na mente
E o coração profundo sono tocou!
Por isso, toca-me e sente
As névoas por entre as minhas ideias.
As luzes por entre as minhas concepções.
Toca-me e ama-me, ó Sombra da Noite.
Une os nossos corações.
Uma resposta em “Amor à Sombra da Noite”
aplausos!