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{Po(v)e(r)t[r]y} Quem sou eu?

Quem sou eu
Que intento tanto?
Que busco tanto
Pra fazer calar?

Quem sou eu
Que escrevo sempre
Querendo nos versos buscar
Os sentimentos que meu coração não sente?

Quem sou eu
Que busco sentido?
Que de moral procuro estar despido
Para menos regras me enclausurar?

Busquei na decência
E não encontrei.
Me entreguei à decadência
E dai?

Só vi o Caos na Ordem.
A Ordem no Caos.
E no fim tudo me pareceu
Uma infinita desordem!

Regras?
Quem as ditou?
Algum outro humano
Que sentido na vida também não encontrou.

Nossos falsos líderes
Também choram.
E os religiosos quando oram
Também questionam se é sano o seu Deus.

Pessoas respeitáveis?
Qual a diferença
Do casto e do lascivo?
Um se crê correto
Seguindo princípios
Que nem sabe de onde vieram
E o outro segue instintos
Que se lhe deram.

Qual a diferença
Do virtuoso e do viciado?
Um infeliz na virtude aprisionado,
O outro, feliz no vício, se crê enclausurado.

Qual a razão
Do que pregas?
Qual o Amor
Se este lhe deixa as cegas?

Mentiras e verdades.
Rótulos e títulos.
Se ninguém os tivesse dito
Onde estariam tais insanidades?

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