Do vermelho o rubor
Ou o sangue
Já não nos interessa
Queremos apenas a calma pressa
Que consome dia após dia o enxame
De árvores ancestrais
Decaídas em meio à torrenciais
Ataques, depredações e vozes de comando.
Pois do verde das formas primevas
Nada restou além da transparência das lágrimas…
Mas nas páginas dos jornais
Em branco e preto vê-se claramente crescer a cor verde dos dólares.
O verde que, como das frutas,
É o verde da imaturidade
De uma humanidade
Mais degenerada e carcomida que velhas árvores.
E das árvores bipartidas
Queremos ao menos um epitáfio antes da asfixia da terra
Que no fim nos guarda e encerra.