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Poetrix

[Poetrix] Vida

O vazio abençoa a taça quebrada:
Tão logo é enchida
Tão logo é esvaziada

Adaptação de uma quadra encontrada em Os Livros da Magia, no capítulo do Mantícore, por John Ney Rieber

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Algum Ódio

Maldição II

Horas são aquelas
Em que deitada no leito
Vi teu sangue escorrer da tua boca
Senhora tão bela!

Transformastes a ti numa vilaneza singela
Que, digna de admiração,
Contém o êxtase na putrefação!

Verei dos teus dias
As noites frias
Corroerem-lhe as entranhas
Enquanto barganhas
Com os deuses pela liberdade
E em ansiedade
Ficarás a chorar!

Haverão aqueles que dirão
Que foi inglório
E os teus antigos amantes dirão:
“Injusto!”
Mas, à mim, sem susto
Virá tua derrocada
E destroçada
Hei de te contemplar!

E só então verás
Os males que, sagaz,
Perpetrastes nos caminhos,
De nós que semelhantemente sozinhos
Ficamos a vagar
E a de ti lembrar!

…Amaldiçoar!

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Poetrix

[Poetrix] A Verdade sobre as Máximas IX

Por trás de um grande homem
Há sempre uma grande mulher.
“Lógico, sair sem salto?! Má nem!”

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Algum Ódio

Tal qual inocente flor

Tal qual inocente flor
Desenhada pelas mãos de uma criança
Floresceu meu coração para o amor.

Porém, num mundo que enclausura os poetas sanguíneos,
Meu amor foi aprisionado
Tal qual flor dentro de vítrea redoma!

O domo distorce as minhas visões.
O domo rege as minhas sensações.
O domo converte minhas externas percepções.

Fui condenado à viver o amor livre…
        …De mim mesmo!

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Poetrix

[Poetrix] Macarronada mal feita com [tons] pastéis

Cinza sapore
Cinza amore
Blu occhi senza colore

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Algum Ódio Teen Drama

Autofagia

Cuspir e beber o escarro,
Jurar largar
E novamente cair em desvairo,

Talvez seja essa a dualidade
Sem sentido do viver:
Não se fazer planejando como se faria.

E de tanto sonhar,
Tanto querer,
A falsa moral nos joga nesta Autofagia.

Sentimos o ensejo
Mas perdemos o sabor!
Temos o desejo
Porém obscurecemos seu valor!

Por que?!
Por regras que ninguém entende?!
Por tradições que ninguém compreende?!

Tolos somos nós!
Seguimos uma lei
Que só nos faz ficar sós
Aqui na escuridão!

Vida obscura
De um caos insano!
Que em meio à loucura
Forja um plano

De construir!

Por cima de uma pseudo-ordem
   Vivemos.
Existimos na nossa mais real desordem!
E ainda há aqueles que não concordem

Com este pensar!

Debaixo da moral
Colocamos a felicidade!
E o que ganhamos?
Praticamos escondidos a nossa feliz “iniquidade”!

E muitos sofrem
   Escondidos
Com seus desejos
   Obscurecidos

Procurando a razão!

E o que mudamos?
Nada!
Vivemos sob velhos moldes!

Desejar, reprimir, fazer e… continuar!

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Poetrix

[Poetrix] A Verdade sobre as Máximas VIII

Um homem se conquista pelo estômago!
Mas com um belo chute nos bagos
Não há macho que não caia de joelhos.

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Algum Ódio Teen Drama

Juventude

Somos filhos do tempo.

Nos apraz caminhar ao relento
Para nunca estarmos sós.

Nos embriagamos sempre.

Não pelo prazer,
Mas para que a mente
Não nos importune ao adormecer.

Desviamos nossa atenção do mundo.

A música é nossa irmã-filosofia
Não precisamos da sabedoria
Só queremos o solar da guitarra rico e profundo.

Que nos importa se nos tornaremos bestas engravatadas?

“Quero me divertir e sair!
Que me importa se mais tarde
Viverei anos com alguém que não quero,
Com filhos que não saberei educar?”

“Quero comer mulheres gostosas!
Todos querem um papo dez.
E se possível,
Que venham todos cair aos meus pés!”

E passam os anos…

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Poetrix

[Poetrix] A Verdade sobre as Máximas VII

Panela velha faz comida boa
E vingança é melhor servida fria:
Nunca irrite uma panela velha.

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Algum Ódio Teen Drama

Nós somos, nós tentamos

Cantar versos abismais,
Chorar lágrimas fatais
De tristezas esquecidas:
Estamos sempre falando da vida.

Tentamos esconder suas incongruências
Mas tanto faz:
Na decência e na indecência
Não há cadência, nem paz.

Tentamos em vão explicar
O fulgor do passado,
A passividade do presente
E o amargo sabor do inexperimentado.

Se o suor fosse todo nosso,
Se o fedor fosse todo seu…
Mas a mescla aqui não permite divisões,
Padrões e canções do seu e do meu.

Arrastai seus filhos para as sepulturas
Assim que eles escorregarem de seus ventres,
Ó formosas mães, cheias de doçuras,
Esta é a verdadeira filosofia dos crentes!

Qual é o padrão
Desta desregrada cavalgada
Que experimentamos nós
Que estamos sós?

Nos unimos por obrigação,
Nosso amor é só ilusão,
Por que construímos muros
Regras e morais para esta prisão!?

Bebei irmãos do néctar de uma vagina.
Urinai na boca de seus inimigos.
Sorvei comigo a essência da diversão.
Não será em vão!

Construamos uma casa de prazer.
Vamos dar cultura aos nossos filhos
Para que se tornem grandes fodedores,
Amantes do sexo e das belas palavras.

Vamos cantar uma louca canção.
Matar nosso mais fiel amigo.
Vamos nos destruir!
Essa é a nossa humana decadência!

Lágrimas da verdade!
Quem somos nós
Que vivemos tão sós
Aqui na escuridão?