Quando tudo temos
(Ou pelo menos coisas as quais apetecemos)
Sorrimos às luzes do meio dia
Dando feliz cantar ao sol.
Nesse tempo negamos a marca que nos fere a destra
E deixamos que, funesta,
A felicidade nos corrompa a harmonia
De nossa negra alma presa ao seu negro anzol.
Por tanto, de Lúciferes enraivecidos,
Passamos à ternos deuses esmaecidos
Na ânsia da orgia
E na beleza do atol.
Mas de quantas monotonias
Forja seu dia à dia
Ó Cíclope acorrentado à forja?
Tão voraz é a corja
Que se olhas esquerdo
Já se incita na mente o medo?
Ou a corrente é por demais bela
Que não vale a quirela
De ser maldito?