Na reclusão das formas
Posso ver através do meu olho vítreo
-Essa cúpula de fantasias e promessas de normas-
Um viajar derradeiro e único.
A decomposição dos heroísmos forjados
Na sombra do passado
No jogar de dados
Pelas mãos de uma criança
Que olhava para o universo
E su’alma se abria em identidade
Ao tamanho, à estranheza, à majestade
Desse manto noturno lúgubre e perverso
Que ostenta em si
A calmaria vigilante do aspirar dos deuses.
Porém, aqui,
Observamos que, às vezes,
Nada disso tem importância
E em outras faz o alarde
Da chama que em mim arde,
Nos infernos que forjei nos olhos obscuros da minha infância.
Aqui, apenas a final miscigenação
Ante a glória da putrefação
Do caminhar do humano jogado ao vácuo.
Tudo isso nos é nato.
Apenas vivenciei
Dos dias
Em que cadeiras foram colocadas nas mesas
A dor das presas
Do coração!
Tal qual trevosa fera
Impera na destruição!
Agora
Só rolam dos espaços
Os abraços
Que empreendi
Mas, aqui!
A calma é obscura!
Continuar? É loucura!
Parar? É insensatez!
Então, me jogo de vez!
O abismo está lá!
Naquele lugar
No qual nos recusamos olhar!
E falar
É tão caro
Que não raro
Fico à desdenhar!
Desse inferno cotidiano!
Desse sentir humano!
Desse arquitetar tirano
De 5 dias nos quais jogamos o tempo ao tempo
Esperando ao relento do intento
Algo mais quente que corra por debaixo da tez!
“Agora é minha vez!”
E rolam os dados…