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As mãos que plasmam o futuro

As mãos que plasmam o futuro
Estão rotas.
Suas recompensas, tão parcas,
Tão poucas

São entregues como ao pedinte, ao indigente.

Desmerecidas que são em suas obras,
Relegadas ao esquecimento das sombras

Passam a acreditar na desimportância que lhes atribuem
Definhando-se no descaso que lhes constituem.

E mesmo pobres e desacreditadas seguem:

Erguendo edíficios, pintando quadros,
Instruindo pupilos e manobrando carros.

Porque há entre a batida do cartão
E o brandir do martelo
Uma força, um mistério,
Que exige ao humano continuar mesmo quando nega a razão…

…E lutar impulsionado pelos revezes do senão!

Porque há algo além que o impele a não cruzar os braços
Quando ainda há a sua frente tantos espaços

Que agora são só tocados pela imaginação.

E desse silencioso ou ruidoso trabalho que se faz
Por mãos daqueles tidos como meros e ínfimos mortais

Que se sustenta e se guarda toda a civilização.

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