Uma fera ruge
E seus dentes são estrelas
Na sua boca aberta!
Uma deusa cobre
Com seu manto as centelhas
De vidas humanas que em oferta
Estendem seus braços ao Olho de Hórus:
Lua!
Inspiradora da licantropia!
Homens-lobo arreganham os dentes
Ante seu olhar benevolente
E terno!
E no Inferno
Cantam demônios canções em teu nome
Enquanto a chama consome
Alma mortal
Sob sua orientação
E redenção!
Cair aos pés da noite
De garras armadas
E rugir raivosa e alegremente
À cada um dos seus dentes!
E sentes!
Não há outro caminho
Que não seja aquele:
Sozinho!
Sai do ninho, Pássaro-Demônio,
E vai!
A noite cai
E vai
Ao teu encontro
Enquanto derrama sua saliva
De fel!
E no céu
Anjos se escondem!
Asas ensanguentadas caem ao chão
Destroçadas!
Potestades evisceradas
Sucumbem sem razão!
Tamanha, santa e bendita podridão!
Anjos fecham os olhos
Ante o auge da natureza da criação:
A noite de garras armadas
A rasgar o próprio coração!