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Não.

Não.
Das tétricas furnas
Não quero saber nem a metade
Das histórias noturnas
Que permeiam a incerteza
Ponderando se a frieza
Seria o caminho ideal.

E de banal em banal
Se fez montante colossal
De vespas e bestas,
Adeptas da colméia hilariante
Onde juntam-se soldados
Por juntar-se simplesmente
Enquanto operários ao mel assalariados
Batem seu cartão vespa-vespertinamente.

E se Lúcifer
Não ditasse as regras
À Estrela da Tarde
Como Estrela da Manhã que é,
Que se faria das cegas
Que vagueiam por sob o sol que arde!?

Não haveria ardil que ostentasse
Ou forma que reinasse
Com seu pétreo trono
Sobre esse reino de “flashes” vermelho-sanguíneos
E sombras verde-purpúreas.

No entanto, na caixa de 32 lápis Faber-Castell
Se depositou todo o segredo de uma criança
Que não sabia o que era giz pastel
Mas estava disposta à barganhar com o demônio
Se precisasse atirar sua alma estúpida ao lôdo.

E no todo
   Verseja
    O mundo
      Que num segundo
        Imundo
          Se mantém
            E retém
              O movimento
                Opulento
                  Das potestades,
                    Majestades
                      E tropas
                        De Ases de Copas
                          Atirados sobre a mesa
                          De incerteza
                            Em que apostamos tudo
                              E não levamos nada
                                Que dissecada
                                  Não se demonstre vazia.

E na pia
Uma navalha espera um pulso.
E no sofá
Uma alma espera o impulso
Que faça a lâmina avançar.

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