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{Po(v)e(r)t[r]y} Cansado

A marca de Cain
Escrita em minha testa está,
Pois atrozes confusões
Me perseguem para onde quer que eu vá.

Judeu errante,
Minha vida não tem descanso.
A brilhar como um louco diamante
De todas as desgraças já me canso.

Tento edificar e caio.
Tento me sobressair
E, mesmo assim,
Riem as aves noturnas de mim.

O fardo, o pesar
Me faz baixar a cabeça.
Essa marca já me cansa o existir
Impedindo que eu cresça.

Se infelizes somos nós, mortais que somos,
E nossa vida um show de luzes cegantes,
Pergunto: Que compomos?
Um bando de judeus errantes?

Me roubaram no ápice
A glória do triunfo
E me deram para brincar
O tormento de um defunto

Que morreu pensando:
“Muito ainda há o que fazer
Não me roubem a vida agora.
Não quero morrer!”

Cansado talvez,
Talvez faminto,
Só posso dizer
Do grande tédio que sinto

Em ser roubado assim.
E se sãos poucos os meus esforços
Sinto muito,
Dei tudo de mim

Até o fim…

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